terça-feira, 15 de setembro de 2009

Uma vida sem violência. Esse é um direito de todos – homens e mulheres.

A Lei Maria da Penha foi uma importante conquista das mulheres, que viviam inseridas numa hipócrita cultura machista, à mercê de sua desvantagem física em relação aos homens. Veio em boa hora, num momento em que as mulheres lutavam pelos seus direitos sem serem ouvidas. Num momento em que Maria da Penha, a própria, lutava pela prisão do seu algoz – o ex-marido –, que a deixou numa cadeira de rodas após duas tentativas de homicídio.

Mas desde 2006, quando a lei foi sancionada, um quadro estarrecedor vem assombrando delegacias em todo o país. Pois é, tem mulher muito safada, se valendo de uma proteção que deveria beneficiá-la como instrumento de vingança. Ou então como forma de ameaça ao parceiro, para que o relacionamento não chegue ao fim.

Essa informação não saiu da minha cabeça ranzinza, claro. Foi uma constatação da juíza Osnilda Pisa, do Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher/RS, que em uma entrevista na TV há algum tempo disse o seguinte:

“Muitas mulheres procuram o Juizado não por terem sido vítimas de violência, mas em busca de benefícios financeiros através das medidas protetivas, especialmente a que afasta o denunciado do lar. Algumas também utilizam a medida como uma forma de chantagear o companheiro, com fins que vão desde reatar o relacionamento a conseguir benefícios diversos.”

Como se pode ver, a cultura do “se dar bem”, vem manchando a imagem das mulheres que realmente precisam dessa proteção, desacreditando o depoimento de um sem-número de vítimas de verdade, que estão apenas tentando se proteger. É coisa de gente sem caráter, cujo único remédio seria mesmo a intervenção psiquiátrica. Ô coisa de maluco!

Ah, o cara acusado dessa agressão hoje pode ser preso em flagrante, não tem direito a penas alternativas ou pagamento de multas. É cana mesmo. Afe. Como tem mulher pilantra no mundo, meu Deus!

3 comentários:

  1. Insano isso, que nem aqueles casos de mães (e pais) que inventam coisas gravíssimas para que o ex-companheiro não tenha acesso aos filhos. Quanta maldade!

    Acusar pessoas de crimes que não cometeram deveria dar pena em dobro para o mentiroso!

    Odeio gente 171! Meu povo, custa ter um pouco de ÉTICA? É tão bom dormir o sono dos justos, não?

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  2. Afe... Eu tenho verdadeiro pavor de pessoas que mentem descaradamente para se dar bem. É a cultura do "oba oba", do "se dar bem", da "bandalha", ou qual seja seu nome. O raio do famoso "jeitinho brasileiro", algo que mais corrompe pessoas do que as ensina a serem honestas e fazer por onde para merecer atenção e respeito.

    Eita raiva danada de mulheres que se aproveitam... Argh!

    Ética... é verdade. E ainda mais... Alguém sabe o que é a tal da consciência? Até de forma lúdica já apareceu, como um grilinho falante que ficava no pé do ouvido insistindo nas boas ações e atitudes. Será que isso se perdeu?

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  3. Olha, Lyana, pense que eu, você e Carol já iniciamos um movimento na contramão dessa trapaça toda. E, como a gente, tem um monte de pessoas que não aguentam mais essa furação de olho generalizada.

    Quem sabe um dia a gente não vira maioria, né?

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